O prefeito Jerry Correia recebeu em seu gabinete dois representantes, líderes dos imigrantes, para um diálogo franco com a intenção de acalmar os ânimos e frear a tensão e medo da população que vive na fronteira. O prefeito disse que é legítimo os imigrantes querem ir embora ou para outro local, mas que qualquer decisão deve ser sempre pautada na paz e sem violência ou confronto de qualquer forma.
Jerry informou que após o confronto dos imigrantes com a polícia no Peru e o regresso para o Acre, há feridos, e a administração se preocupa com esses casos, especialmente por não ter recursos suficientes para atender a todos os imigrantes, e sabe que no grupo há mulheres, crianças, grávidas e alguns homens.
"Não tinha ordem do governo do Brasil para impedir o regresso deles e ficaram no meio da ponte, sendo que muitos estavam machucados pelo confronto e nós voltamos com o trabalho de atendê-los. Pedi para que os líderes, que já tinham sido identificados, viessem aqui gabinete, conversei com os dois e pedi para colocarem no abrigo mulheres e crianças, mas os homens querem permanecer na ponte para fazer o bloqueio para que não tenha a entrada de carretas. Há circulação de carretas com mercadorias lá do Peru e acham que essa é uma forma de continuar pressionando", explicou o prefeito.
O chefe do executivo convidou parte do grupo de imigrantes que aceitou ser levado para o abrigo municipal (Escola Edilsa Maria Batista). Outros, que representam um grupo maior, querem permanecer na ponte, e isso aumenta riscos de novos embates entre os imigrantes e os policiais do exército peruano.
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